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sábado, 8 de dezembro de 2012

Aprendendo a Escrever na Areia


Dois amigos, Mussa e Nagib, viajavam pelas estradas e sombrias montanhas da Pérsia, acompanhados de seus servos.
Certa manhã chegaram à margem de um rio onde era preciso transpor a corrente ameaçadora. Ao saltar de uma pedra o jovem Mussa foi infeliz, falseando-lhe o pé e precipitando-se no torvelinho espumejante das águas em revoltas. Teria ali morrido, se não fosse Nagib, que atirou-se nas correntezas e conseguiu trazer a salvo o companheiro de jornada. 
O que fez Mussa? 
Ordenou que o mais hábil de seus gravasse na face lisa de uma grande pedra esta legenda admirável:

"Nesse lugar, com risco da própria vida, durante uma jornada Nagib salvou heroicamente seu amigo mussa".
Cinco meses depois, em viagem de regresso, encontram-se os dois amigos naquele mesmo local perigos e trágico. E, como estivessem fatigados, resolveram repousar à sombra acolhedora do lajedo que ostentava a honrosa inscrição.  Sentado, pois, na areia clara, puseram-se a conversar. Eis que, por motivo banal, surge, de repente, uma desavença entre os dois companheiros. 

Discordaram. Discutiram. Nagib, exaltado, num ímpeto de cólera, esbofeteou brutalmente seu amigo.
O que fez Mussa?

O que farias tu em seu lugar?
Musa não revidou a ofensa. Ergueu-se e, tomando tranquilo seu bastão escreveu na areia, ao pé do negro rochedo: 
"Neste lugar, durante uma jornada, Nagib por motivo fútil, injuriou, gravemente seu amigo mussa".
Surpreendido como o estranho procedimento, um dos ajudantes de Mussa observou respeitoso:
- Senhor, da primeira vez, para exaltar a abnegação de Nagib, mandaste gravar, para sempre, na pedra, o feito heróico. E agora, que ele acaba de ofender-vos, tão gravemente, vós vos limitas a escrever na areia incerta o ato de violência e covardia. A primeira legenda ficará para sempre. Todos os que transitarem por este sitio dela terão notícia. Esta outra, porém, riscada no tapete da areia, antes do cair da tarde, terá desaparecido como um traço de espumas entre as ondas do mar'.
Respondeu Mussa sabiamente:
- É que, o benefício que recebi de Nagib permanecerá para sempre em meu coração. Mas, a injúria, escrevo-a na areia, como um voto, para que depressa se apague e mais depressa ainda, desapareça da minha lembrança.
Eis a sublime verdade meu amigo! Aprendamos a gravar na pedra os favores que receberemos, os benefícios que nos fizerem, as palavras de carinho, simpatia e estímulo que ouvimos.

 Aprendamos, porém, a escrever na areia, as injúrias, as ingratidões, as ofensas e ironias que nos fizerem pela estrada da vida. Aprendamos a GRAVAR, assim, na pedra. Aprendamos a ESCREVER, assim, na areia... e então só assim serás livre e portanto feliz!'. 

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