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segunda-feira, 24 de março de 2014

AS ESTAÇÕES DA VIDA



Um homem morava no deserto e tinha quatro filhos ainda adolescentes.
Querendo que seus filhos aprendessem a valiosa lição da não precipitação nos julgamentos, os enviou para uma terra onde tinha muitas árvores. Mas ele os enviou em diferentes épocas do ano.
O primeiro filho foi no inverno, o segundo na primavera, o terceiro no verão e o mais novo foi no outono.
Quando o último deles voltou, o pai os reuniu e pediu que relatassem o que tinham visto.
O primeiro filho disse que as árvores eram feias, meio curvadas, sem nenhum atrativo.
O segundo filho discordou e disse que na verdade as árvores eram muito verde e cheias de brotinhos, parecendo ter um bom futuro.
O terceiro filho disse que eles estavam errados, porque elas estavam repletas de flores, com um aroma incrível e uma aparência maravilhosa!
Já o mais novo discordou de todos e disse que as árvores estavam tão cheias de frutos que até se curvava com o peso, passando a imagem de algo cheio de vida e substância.
Aquele pai então explicou aos seus filhos adolescentes que todos eles estavam certos.
Na verdade eles viram as mesmas árvores em diferentes estações daquele mesmo ano.
Ele disse que não se pode julgar uma árvore ou pessoas por apenas uma estação ou uma fase de sua vida.
Ele explicou que a essência do que elas são, a alegria, o prazer, o amor, mas também as fases aparentemente ruins que vem daquela vida só podem ser medidas no final da jornada quando todas as estações forem concluídas.
Se você desistir quando chegar o “inverno”, você vai perder as promessas da primavera, a beleza do verão e a plenitude do outono.
Não permita que dor de apenas uma “estação” destrua a alegria de todas as outras. Não julgue a vida por apenas uma fase.
Persevere através dos caminhos dificultosos, e épocas melhores virão com certeza!
Viva de forma simples, Ame generosamente, Se importe profundamente, Fale educadamente...
E deixe o restante com Deus!
A felicidade mantém você doce.... Dores mantém você humano... Quedas te mantém humilde... Sucesso te mantém brilhando... Provações te mantém forte.
Mas somente Deus te mantém prosseguindo.

NOVENA DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS

Ó Jesus no seu Sagrado Coração eu confio as minhas intenções nesta novena:

(Coloque a sua intenção agora)

Sagrado Coração de Jesus, fonte de todas as graças de merecimentos,

Onde procurarei a não ser no tesouro que contém todas as riquezas de Vossa clemência e bondade?

Onde baterei, a não ser à porta do vosso Coração, pelo qual o próprio Pai vem a nós, e nós vamos a Ele?

A vós pois, Sagrado Coração de Jesus, recorremos.

Em vós, Sagrado Coração de Jesus, encontro consolação quando aflito, proteção quando perseguido, força quando oprimido de tristeza.

No Teu Coração Jesus, encontro luz, quando envolto nas trevas da dúvida.

Sagrado Coração de Jesus eu tenho confiança em vós.
Doce Coração de Jesus sede o meu amor.
Doce Coração de Maria sede a minha salvação.
Amado seja por toda a parte o Sagrado Coração de Jesus.
Sagrado Coração de Jesus venha a nós o Vosso reino.
Sagrado Coração de Jesus eu tenho confiança em Vós e por isso nesta novena e neste momento repito o meu pedido:

(diga novamente sua intenção)

Sagrado Coração de Jesus eu tenho confiança em Vós.
Sagrado Coração de Jesus creio em Vosso amor para comigo.
Sagrado Coração de Jesus coloque em nosso coração os sentimentos que tiveste: amor, paz, perdão e obediência ao Pai Eterno.
Jesus, manso e humilde de coração, fazei o meu coração semelhante ao Vosso.

Amém.

VOE MAIS ALTO

Um jovem piloto experimentava um monomotor muito frágil, uma daquelas sucatas usadas no tempo da Segunda Guerra, mas que ainda tinha condições de voar… Ao levantar voo, ouviu um ruído vindo debaixo de seu assento. Era um rato que roía uma das mangueiras que dava sustentação para o avião permanecer nas alturas. Preocupado pensou em retornar ao aeroporto para se livrar de seu incômodo e perigoso passageiro, mas lembrou-se de que devido à altura o rato logo morreria sufocado. Então, voou cada vez mais e mais alto e notou que acabaram os ruídos que estavam colocando em risco sua viagem conseguindo assim fazer uma arrojada aventura ao redor do mundo que era seu grande sonho…
MORAL DA HISTÓRIA:
Se alguém o ameaçar, VOE CADA VEZ MAIS ALTO…
Se alguém o criticar, VOE CADA VEZ MAIS ALTO…
Se alguém tentar destruí-lo por inveja e fofocas, e por fim, se alguém o injustiçar….. VOE CADA VEZ MAIS ALTO…

Sabe por quê?

Os ameaçadores, críticos, invejosos e injustos são iguais aos ratos….. não resistem às grandes alturas! A própria palavra de Deus afirma… Os que confiam no Senhor voarão com assas como águias…

Sabe porque?!

Águias voam acima das tempestades, aguentam pressão e veem coisas que poucos conseguem ver.

MOSCA TENAZ

Contam que certa vez duas moscas caíram num copo de leite.
A primeira era forte e valente, assim logo ao cair nadou até a borda do copo, mas como a superfície era muito lisa e ela tinha suas asas molhadas, não conseguiu sair.
Acreditando que não havia saída, a mosca desanimou, parou de nadar e de se debater e afundou.
Sua companheira de infortúnio, apesar de não ser tão forte era tenaz, e, por isto continuou a se debater, a se debater e a se debater por tanto tempo, que, aos poucos o leite ao seu redor, com toda aquela agitação, foi se transformando e formou um pequeno nódulo de manteiga, onde a mosca tenaz conseguiu com muito esforço subir e dali levantar vôo para algum lugar seguro.
Durante anos, ouvi esta primeira parte da história como um elogio à persistência, que, sem dúvida, é um hábito que nos leva ao sucesso, no entanto.

Tempos depois, a mosca tenaz, por descuido ou acidente, novamente caiu no copo.
Como já havia aprendido em sua experiência anterior, começou a se debater, na esperança de que, no devido tempo, se salvaria.
Outra mosca, passando por ali e vendo a aflição da companheira de espécie, pousou na beira do copo e gritou:
- Tem um canudo ali, nade até lá e suba pelo canudo!
A mosca tenaz não lhe deu ouvidos, baseando-se na sua experiência anterior de sucesso e, continuou a se debater e a se debater, até que, exausta afundou no copo cheio de água.
Quantos de nós, baseados em experiências anteriores, deixamos de notar as mudanças no ambiente e ficamos nos esforçando para alcançar os resultados esperados até que afundamos na nossa própria falta de visão?
Fazemos isto quando não conseguimos ouvir aquilo que quem está de fora da situação nos aponta como solução mais eficaz e, assim, perdemos a oportunidade de re enquadrar nossa experiência e ficamos paralisados, presos aos velhos hábitos, com medo de errar.
Pessoas que já perceberam que nem sempre esposo, pais, amigos, familiares ou mesmo o conselheiro espiritual pode mostrar-lhes a visão isenta do ambiente ou da situação que estão vivendo.
Re enquadrar é permitir-se olhar a situação atual como se ela fosse inteiramente diferente de tudo que já vivemos.
Re enquadrar é buscar ver através de novos ângulos, de forma a perceber que, fracasso ou sucesso,tudo pode ser encarado como aprendizagem.
Desta forma, todo o medo se extingue e toda experiência é como uma nova porta que pode nos levar à energia que precisamos à motivação de continuar buscando o que queremos à auto-estima que nos sustenta.
Este artigo é dedicado a todos que querem vencer.
Autor Desconhecido

sexta-feira, 21 de março de 2014

CONVERSÃO, GRAÇA DE DEUS E VEREDA DE CORAGEM

Quaresma, tempo de mudança de vida, penitência, caridade, conversão. Enfim, de rompimento com o pecado.

Não poderíamos "fazer de conta" que este tempo não exige de nós como cristãos vigilância, reflexão e sobretudo oração para retomarmos a nossa imagem querida por Deus. Considerando que não podemos viver esta retomada sozinhos, precisamos da Graça de Deus e da coragem que é graça que vem da Graça!

Para percorrer este caminho querido por Deus, gostaria de usar uma imagem citada por João Paulo II em suas colocações: "Vós sois chamados a viver como sentinelas da manhã".

E, o quê é ser sentinela? O que isto quer dizer em relação a conversão como graça de Deus e vereda de coragem?

Vejamos. Esta palavra vem do italiano "sentinella", que quer dizer soldado que vigia, ou seja, que guarda algo esperando de forma isolada e segura. Por conseguinte, são pessoas prontas para considerar todos os movimentos e, ágeis para verificar toda orientação recebida; em suma, pessoas que não se deixam seduzir por vozes de sereias, mas, sabem prosseguir com força de vontade. Desenha-se aqui como lidar com o prazer, o poder e o possuir. Como devemos viver diante do pecado que nos é apresentado todos os dias e por vezes também buscado diariamente.

Olhando mais a fundo dentro de nós, podemos constatar que há um relativismo sutil, mas prepotente, que nos induz a cometer pecados, passamos a achar que o homem nada pode fazer em relação a isto ou aquilo; que é só um "pecadinho menor" e só Jesus é perfeito. E assim, vamos perdendo a possibilidade de, agora, ser sentinela da manhã. Posso romper, posso dizer não. Podemos ter posturas e atitudes novas, podemos não repetir os vícios e pecados que são tão costumeiros e que com frequência levamos para a confissão.

Quanto engano de nossa parte em pensar e agir de forma relativista, disfarçando o soldado forte (que é a nossa vontade) em covarde guardinha que se esconde com medo preferindo olhar passivamente. Agir assim é colocar dentro de uma caixa o melhor presente que já recebemos: a Graça uma vida santa, que Jesus conquistou para nós atravessando o deserto, sofrendo no Getsemâni e nos amando na Cruz.

Para vivermos a conversão diária precisamos assumir tudo o que Cristo viveu, principalmente a entrega de Sua vida. Precisamos, com coragem, romper com o pecado, seja nas pequenas ocasiões do nosso dia a dia, com mentiras, omissão, julgamentos, seja no desejo de comprar em demasia, de comer descompensadamente, de querer ser melhor que os outros, etc. Pecados que só nos sabemos.

A coragem para aderir novas decisões só é possível quando firmamo-nos na Palavra, na oração, na Eucaristia, na confissão e no serviço, enfim, quando firmamo-nos no Amor. Mudar o rumo de nossos passos enveredando no caminho da coragem é possível, a partir do momento em que escolho a Graça como armadura. Sim, somos chamados a viver como sentinelas da manhã a cada dia e a cada instante lutar com coragem!

"Por isso recordo-te que tens de reavivar o dom de Deus que está em ti… Pois o que Deus nos concedeu não é um espírito de medo, mas um espírito de força, amor e domínio de si" ( 1 Tm 1,6-7 ).

Escola de Formação Shalom.

quinta-feira, 6 de março de 2014

SABER PERDOAR



Luizinho chegou da escola muito bravo. Entrou correndo em casa, jogou a mochila no chão e bateu a porta do quarto. Sua mãe, que estava na cozinha, preparando o almoço, chamou o menino para o quintal.
Luizinho acompanhou a mãe, um pouco desconfiado. Mas logo começou a desabafar:
- Mãe, eu estou com muita raiva do Marquinhos. Ele me xingou na sala. Na frente de todo mundo. Não devia ter feito aquilo comigo. Tomara que ele caia da bicicleta e quebre o braço.
A mãe escutou com toda a paciência do mundo. Depois pediu que o filho a seguisse. Foi à garagem buscar um saco de carvão. Voltou para o quintal, abriu o saco e depois disse ao filho:
- Filho, você está vendo aquela camiseta branca no varal?
- Sim! – respondeu o menino.
- Então faça de conta que aquela camiseta é seu amigo e que cada pedaço de carvão deste é um pensamento ruim. Eu quero que você jogue todo o carvão deste saco naquela camiseta. Quando você terminar, me chame.Luizinho ficou um pouco confuso, mas gostou da ideia. Pegou o primeiro pedaço de carvão e jogou. Acertou em cheio. A camiseta ficou com uma grande mancha preta. Continuou a jogar os pedaços. Como a camiseta estava longe, era preciso jogar com força. Muitos pedaços nem conseguiram acertar a camiseta, passavam longe. Uma hora depois, Luizinho já havia jogado todos os carvões. Sua mãe voltou e começou a questionar o menino:
- Filho, como você está?
- Estou muito cansado, com o braço todo dolorido, mas gostei do jogo – respondeu.
A mãe olhou o menino com ternura. Deu um sorriso e o chamou para dentro. Levou o garoto até um espelho grande e pediu para que ele olhasse. Que susto Luizinho levou quando se viu no espelho! Ele estava todo preto, sujo de carvão. Da cabeça aos pés, só se via restos de carvão e pó. A mãe então prosseguiu:
- Entendeu agora, meu filho? A camiseta no varal está suja, mas você está muito pior. Além de sujo, você está cansado. O mau que desejamos a quem dirigimos nossos maus pensamentos volta para nós. Por mais que a pessoa a quem dirigimos nossos maus pensamentos sofra, nós sofremos muito mais.
Para refletir
Tudo o que desejamos aos outros acaba de alguma forma voltando para nós. Se os pensamentos forem bons, positivos, recebemos o bem. Mas se os pensamentos forem ruins, degradantes, negativos, recebemos também o mau. Cuidado com os seus pensamentos, eles se transformam em palavras. Cuidado com suas palavras, elas se transformam em ações. Cuidado com suas ações, pois elas se transformam em hábitos e moldam o seu caráter. Lembre-se sempre de que o maior prejudicado quando sentimos raiva ou buscamos vingança somos nós mesmos. A pessoa a quem dirigimos nosso ódio pode sofrer um pouco, mas muitos pensamentos negativos nem a atingirão. Nós, porém, seremos atingidos por todos.
Pense nas suas atitudes cotidianas, no modo como você reage aos problemas, às ofensas, a tudo aquilo que é negativo. Vocês responde na mesma moeda? Deseja o mal a quem lhe fez mal? Você tem problemas em lidar com a raiva? Como melhorar neste aspecto? Como você pode aprimorar suas virtudes, aprendendo a perdoar e a desejar sempre coisas boas aos outros? Que benefícios isso trará à sua vida?

O JEJUM E ABSTINÊNCIA DE CARNE



Considerando que muitas pessoas estão me consultando acerca da maneira correta de viver o jejum e a abstinência de carne, escrevo estas linhas para que nossos leitores possam voltar, neste tempo quaresmal de 2014, para uma profunda vivência do que a Mãe Igreja espera de cada um de nós neste tempo oportuno de conversão e de mudança de vida!
O JEJUM:
Praticado desde toda a Antiguidade pelo povo eleito, como sinal de arrependimento, praticado por Nosso Senhor Jesus Cristo e por todos os santos, recomendado pela Santa Igreja como instrumento de santificação da alma, de controle do corpo e equilíbrio emocional.
Quando devemos jejuar por obrigação?
Na Quarta-feira de cinzas, abertura da Quaresma
Na Sexta-feira Santa, dia da morte de Nosso Senhor.
No entanto, todos os católicos devem ter a mortificação e o jejum presentes em suas vidas ao longo do ano, principalmente durante o Advento, a Quaresma e nas Quatro Têmporas, tendo sempre o espírito mortificado, fugindo do excesso de conforto e prazeres e, na medida do possível, oferecendo alguns sacrifícios a Deus, seja no comer, no beber, nas diversões (televisão principal­men­te), nos desconfortos que a vida oferece (calor, trabalho, etc.), sabendo suportar os outros, tendo paciência em tudo.
Como o jejum e a abstinência fazem parte dos mandamentos da Igreja, devemos nos empenhar para praticá-los por amor de Deus. Caso haja alguma negligência ou fraqueza da nossa vontade que nos leve a quebrar o santo jejum ou a abstinência, devemos nos arrepender por não termos obedecido ao que nos ordena nossa Santa Madre Igreja, confessando-nos portemo-nos assim ofendido a Deus.
QUEM ESTÁ OBRIGADO A JEJUM  ?
Estão obrigados à lei da abstinência aqueles que tiverem completado catorze anos de idade; estão obrigados à lei do jejum todos os maiores de idade (quem completou 18 anos) até os sessenta anos começados. Todavia, os pastores de almas e pais cuidem para que sejam formados para o genuíno sentido da penitência também os que não estão obrigados à lei do jejum e da abstinência, em razão da pouca idade (cf. CDC, cân . 1252).
Por disposição da CNBB, no Brasil, toda sexta-feira do ano é dia de penitência, a não ser que coincida com solenidade do calendário litúrgico. Os fiéis nesse dia se abstenham de carne ou outro alimentoou pratiquem alguma forma de penitência, principalmente obra de caridade ou exercício de piedade.
A Quarta-feira de Cinzas e a Sexta-feira Santa, memória da Paixão e Morte de Cristo, são dias de jejum e abstinência. A abstinência pode ser substituída pelos próprios fiéis por outra prática de penitência, caridade ou piedade, particularmente pela participação nesses dias da Sagrada Liturgia.
NORMAS DA CNBB SOBRE JEJUM E ABSTINÊNCIA EM VIGOR NO BRASIL
Cânon 1251. Observe-se a abstinência de carne ou de outro alimento, segundo as prescrições da Conferência dos Bispos, em todas as sextas-feiras do ano, a não ser que coincida com algum dia enumerado entre as solenidades; observem-se a abstinência e o jejum na Quarta-feira de Cinzas e na Sexta-feira da Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Cânon 1252. Estão obrigados à lei da abstinência aqueles que tiverem completado catorze anos de idade; estão obrigados à lei do jejum todos os maiores de idade até os sessenta anos começados.
Nota do cânon 1252: Os limites de idade para a penitência ficam modificados. A abstinência começa aos catorze anos e vai até o fim da vida. O jejum obriga a partir dos dezoito anos completos e vai até os cinquenta e nove anos completos.
Não se determina mais, no Código, em que consista o jejum. De acordo com a tradição jurídica anterior, trata-se de não tomar mais que uma refeição completa, permitindo-se, porém, algum alimento outras duas vezes por dia. Pode-se seguir essa norma, enquanto a Conferência Episcopal não determinar algo diferente.
Cânon 1253. A Conferência Episcopal pode determinar mais exatamente a observância do jejum e da abstinência, como também substituí-los, total ou parcialmente, por outras formas de penitência, principalmente por obras de caridade e exercícios de piedade.
(CNBB, “Diretório da Liturgia e da organização da Igreja no Brasil”, 2010).

quarta-feira, 5 de março de 2014

QUARESMA: A BUSCA DE UM NOVO HOMEM



Quaresma, período de penitência e preparação para a festa mais importante da fé cristã, a Páscoa. Embora seja um tempo penitencial, não é triste e depressivo, como muitos pensam. Trata-se de um tempo especial de purificação e de renovação da vida cristã para poder participar em plenitude e com mais alegria do mistério pascal de Cristo.
Durante quarenta dias somos convidados à experiência do deserto vivido por Jesus na tentação. O deserto, apesar de nos trazer a figura do sofrimento e da penúria, remete-nos à esperança de renascermos para uma vida nova, assim como o povo de Israel que, após a libertação da escravidão no Egito, chegou à Terra Prometida.
A Quaresma nos chama à renovação, conversão e “morte ao pecado”, para que possamos ressurgir para uma vida nova com Cristo na sua Páscoa. As cinzas, recebidas no início da Quaresma, são usadas como sinal desse arrependimento e luto pelo pecado. Dessa forma, reconhecemos que somos todos igualmente pecadores e pedimos ao Senhor a graça da conversão, a fim de mudar nossa vida pessoal e social.
A Igreja recomenda aos cristãos três principais obras de misericórdia que, de modo especial na Quaresma, devem ser praticadas frequentemente: a oração, para o recolhimento e proximidade com Deus; o jejum, renúncia alegre do supérfluo, como forma de ser solidário com aqueles que não têm o necessário; e a esmola, não de forma mesquinha de quem dá o que sobra, mas no sentido bíblico de ter amor e compaixão pelos excluídos e injustiçados. Esses gestos não podem fazer parte do nosso cotidiano como um mero costume ou formalismo, pois acabariam perdendo seu real significado, o de serem um método a serviço da vida, uma forma de possibilitar o encontro do homem consigo mesmo, com Deus e com os outros irmãos.
Como diz o documento “Sacrosanctum Concilium”, do Concílio Vaticano II, “a penitência do tempo quaresmal não seja somente interna e individual, mas também externa e social.” (SC, 110) Por isso a Igreja no Brasil organiza todos os anos, durante o tempo da Quaresma, desde 1964, a Campanha da Fraternidade que focaliza um aspecto de nossa vida em sociedade em que a fraternidade não está sendo vivida, a fim de que, como cristãos, possamos contribuir para que a humanidade alcance este objetivo. Este ano, ela tem como tema “Fraternidade e Tráfico Humano” e como lema “É para a liberdade que Cristo nos libertou”.
Por ocasião da Quaresma, são retirados das celebrações litúrgicas os cantos de Glória e de Aleluia, que manifestam alegria e regozijo para dar lugar a um clima de maior recolhimento e penitência. Pelo mesmo motivo, o ambiente das igrejas requer sobriedade e despojamento não se usando flores nem outros enfeites para orná-lo.
A Quaresma é um tempo privilegiado para intensificar o caminho da própria conversão. Esse caminho supõe cooperar com a graça, para dar morte ao homem velho que atua em nós. Trata-se de romper com o pecado que habita em nossos corações, afastando-nos de tudo aquilo que nos separa do Plano de Deus e, por conseguinte, de nossa felicidade e realização pessoal.
Reflitamos a palavra de Cristo que nos diz: “Não se coloca vinho novo em odres velhos; do contrário, os odres se rompem, o vinho se derrama e os odres se perdem. Coloca-se, porém, o vinho novo em odres novos, e assim tanto um como outro se conservam.” (Mt 9, 17) Portanto, para que a Páscoa seja vivida com toda a sua riqueza espiritual, a Quaresma deve ser vista como um meio de conversão, uma proposta de caminhada em busca do nascimento de um homem novo.
Por: Emanuel Costa Arantes, postulante da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos
 

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