O encanto frágil
nos traz a desilusão de uma realidade que não existe no mundo real de nossas
experiências humanas
Belas e
encantadoras são as bolhas de sabão. Elas fascinam pela beleza multicolorida em
contato com o sol, mas essa beleza não dura mais que alguns segundos. Um piscar
de olhos e elas já não existem mais. Encerram seu ciclo tão rápido quanto
surgiram, vão-se como chegaram, não têm história para contar.
Vivemos em tempos
de bolhas de sabão. Somos seduzidos pelas aparências e nos deixamos levar pela
beleza transitória de algo que não dura mais que alguns momentos. Muitas vezes, nos perdemos correndo em busca do vazio contido dentro de uma bolha de sabão que nos promete a felicidade rápida. Iludidos pelas aparências, nos perdemos de nós mesmos e também de Deus. Iludidos pelas lindas bolhas de sabão que surgem em nosso caminho, corremos o risco de cair e tropeçar nas pedras ao longo da jornada.
beleza transitória de algo que não dura mais que alguns momentos. Muitas vezes, nos perdemos correndo em busca do vazio contido dentro de uma bolha de sabão que nos promete a felicidade rápida. Iludidos pelas aparências, nos perdemos de nós mesmos e também de Deus. Iludidos pelas lindas bolhas de sabão que surgem em nosso caminho, corremos o risco de cair e tropeçar nas pedras ao longo da jornada.
Quando olhamos para
a beleza efêmera das aparências, ficamos fixados naquilo que nos encanta, mas
que não produz em nosso coração sabedoria. O encanto frágil nos traz a
desilusão de uma realidade que não existe no mundo real de nossas experiências
humanas.
Quando a bolha
estoura, nada mais nos resta do que olharmos para a vida e nela buscarmos a
beleza autêntica do cotidiano, com todas as suas dores e alegrias, que não são
levadas pelo vento.
Muitos têm se
tornado bolhas de sabão: vivem alimentando na alma uma existência despovoada de
sentido, perderam-se dos valores que poderiam lhes proporcionar a autêntica
felicidade. Criaram para si um mundo de bolhas de sabão, acreditaram naquilo
que as impede de contemplar o amor real e concreto da vida. Alimentam a alma
de espaços que nunca poderão ser preenchidos sem uma genuína experiência do
amor de Deus.
Quando aqueles que
viviam imersos em fantasias ilusórias acerca de Deus procuravam Jesus, tentando
justificar suas fantasias, Ele mostrava com amor e paciência que aquelas
ilusões não poderiam durar mais que um olhar de amor eterno. O carinho de
Cristo imprimia em cada alma a realidade de uma existência pautada no amor
incondicional de Deus por Seus filhos amados. Um amor real desfaz as ilusões da
alma.
É preciso viver com
os pés no chão e olhar para a transcendência do presente com admiração; assim,
fazer do hoje a mais atraente experiência da ternura de Deus. Correr atrás
daquilo que é superficial apenas aumenta no coração a lacuna de um amor construído
em aparências ilusórias.
As bolhas de sabão
são lindas, mas quando vistas apenas como uma brincadeira de criança. Não
busquemos na vida concreta bolhas de sabão para nossas carências e vazios
interiores. Busquemos a beleza de sermos amados por Deus e nos deixarmos
amar por Ele.
Padre
Flávio Sobreiro
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