Luizinho chegou da escola muito bravo. Entrou correndo em casa,
jogou a mochila no chão e bateu a porta do quarto. Sua mãe, que estava na
cozinha, preparando o almoço, chamou o menino para o quintal.
Luizinho acompanhou a mãe, um pouco desconfiado. Mas logo começou a
desabafar:
- Mãe, eu estou com muita raiva do Marquinhos. Ele me xingou na sala. Na frente de todo mundo. Não devia ter feito aquilo comigo. Tomara que ele caia da bicicleta e quebre o braço.
- Mãe, eu estou com muita raiva do Marquinhos. Ele me xingou na sala. Na frente de todo mundo. Não devia ter feito aquilo comigo. Tomara que ele caia da bicicleta e quebre o braço.
A mãe escutou com toda a paciência do mundo. Depois pediu que o
filho a seguisse. Foi à garagem buscar um saco de carvão. Voltou para o
quintal, abriu o saco e depois disse ao filho:
- Filho, você está vendo aquela camiseta branca no varal?
- Sim! – respondeu o menino.
- Então faça de conta que aquela camiseta é seu amigo e que cada
pedaço de carvão deste é um pensamento ruim. Eu quero que você jogue todo o
carvão deste saco naquela camiseta. Quando você terminar, me chame.Luizinho
ficou um pouco confuso, mas gostou da ideia. Pegou o primeiro pedaço de carvão
e jogou. Acertou em cheio. A camiseta ficou com uma grande mancha preta.
Continuou a jogar os pedaços. Como a camiseta estava longe, era preciso jogar
com força. Muitos pedaços nem conseguiram acertar a camiseta, passavam longe.
Uma hora depois, Luizinho já havia jogado todos os carvões. Sua mãe voltou e
começou a questionar o menino:
- Filho, como você está?
- Estou muito cansado, com o braço todo dolorido, mas gostei do
jogo – respondeu.
A mãe olhou o menino com ternura. Deu um sorriso e o chamou para
dentro. Levou o garoto até um espelho grande e pediu para que ele olhasse. Que
susto Luizinho levou quando se viu no espelho! Ele estava todo preto, sujo de
carvão. Da cabeça aos pés, só se via restos de carvão e pó. A mãe então
prosseguiu:
- Entendeu agora, meu filho? A camiseta no varal está suja, mas
você está muito pior. Além de sujo, você está cansado. O mau que desejamos a
quem dirigimos nossos maus pensamentos volta para nós. Por mais que a pessoa a
quem dirigimos nossos maus pensamentos sofra, nós sofremos muito mais.
Para refletir
Tudo o que desejamos aos outros acaba de alguma forma voltando para
nós. Se os pensamentos forem bons, positivos, recebemos o bem. Mas se os
pensamentos forem ruins, degradantes, negativos, recebemos também o mau.
Cuidado com os seus pensamentos, eles se transformam em palavras. Cuidado com
suas palavras, elas se transformam em ações. Cuidado com suas ações, pois elas
se transformam em hábitos e moldam o seu caráter. Lembre-se sempre de que o
maior prejudicado quando sentimos raiva ou buscamos vingança somos nós mesmos.
A pessoa a quem dirigimos nosso ódio pode sofrer um pouco, mas muitos
pensamentos negativos nem a atingirão. Nós, porém, seremos atingidos por todos.
Pense nas suas atitudes cotidianas, no modo como você reage aos
problemas, às ofensas, a tudo aquilo que é negativo. Vocês responde na mesma
moeda? Deseja o mal a quem lhe fez mal? Você tem problemas em lidar com a
raiva? Como melhorar neste aspecto? Como você pode aprimorar suas virtudes,
aprendendo a perdoar e a desejar sempre coisas boas aos outros? Que benefícios
isso trará à sua vida?
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