Com
o mês de maio, somos convidados recordar o mês de Maria, e com Ela, o dia das
mães. Maio nos fala da ternura, do afetivo, do amor e da família. Somos
convidados a descobrir a riqueza do feminino, da mulher no Plano de Deus, em
nossa vida, na vida da Igreja. Particularmente somos chamados a sempre mais
descobrir porque nós cristãos amamos e veneramos Maria como a Mãe de Jesus,
nossa Mãe e Mãe da Igreja.
Maria
no AT é preanunciada em sua presença e missão já no Gênesis quando Deus fala
que uma mulher “calcaria a cabeça da serpente”
vencendo o mal (Gen.3,15). Está visualizada nas grandes figuras
femininas, como Éster, Judid, Rebeca, etc. Isaias a anuncia como a “virgem
que nos traria o Salvador da humanidade”(Is.7,14). No NT, não
somos nós, mas a própria eternidade, Deus, que através do anjo Gabriel a saúda,
dizendo: “Ave Maria, cheia de graça, o Senhor está contigo,
bendito é o fruto do teu ventre, Jesus”(Lc.1,28s).
Isabel a reconhece como a Mãe do Salvador. “Donde me vem a honra de
receber a Mãe de meu Salvador”(Lc.1,43), como
profetiza que Maria “seria a bendita de todas as gerações”(Lc.1,48).
Maria
não é apenas a Mãe de um grande homem, nem do maior dos profetas, mas a Mãe do
Filho de Deus, do nosso único Salvador e Redentor. Ela gerou e educou Jesus.
Acompanhou seu Filho amado ao longo da vida, da gestação até sua morte e
ressurreição. Foi o próprio Cristo Quem a entregou como a Mãe de toda a
humanidade ao pé da cruz nos momentos finais de sua vida. “Mãe, eis
ali teu filho, filho eis ali tua Mãe”(Jô.19,26). Ela
se fez presença no Pentecostes, na Igreja nascente e através de toda a história
dos dois mil anos do cristianismo.
Sem
dúvida, Maria se encontra no coração de Deus Pai, no coração e na vida de
Jesus, no coração da Igreja e dos povos. Sua presença na Igreja e na humanidade
nos é conhecida. Aparece em Lourdes, para nos pedir conversão. Em Fátima
intercede pela conversão da Rússia e da humanidade. No México, Guadalupe, intervém
a favor de nossos índios. Em Aparecida, pede para reconhecermos os negros como
iguais a todos, etc.. A presença de Maria aparece diretamente à Promessa de
Deus no AT, como a Mãe de Cristo e da Igreja no NT e como a mediadora entre
Deus e o homem na história da Igreja. É por isto que nós cristãos a amamos e a
veneramos.
Deus
ao nos chamar à vida através de nossos pais nos criou “a sua imagem e
semelhança”, como homens e mulheres, como família, onde o masculino e o
feminino fazem parte da essência da natureza humana. Em nossa vocação humana e
divina, Maria é o feminino de Deus em nosso caminho para a eternidade. Deus é
Pai com coração de Mãe, onde Maria aparece como “o rosto materno de Deus” a
favor da humanidade.
Na
passagem do mês de maio, nosso especial carinho e gratidão pela presença de
cada mulher, particularmente pela existência de nossas mães físicas e
espirituais. Deus, a Igreja, cada um de nós, a humanidade, precisamos de vocês
mulheres. Ser mulher é ser dom, dádiva, manifestação viva e encarnada no tempo
da própria ternura de Deus.
Para
Jesus nossa gratidão por nós ter dado sua Mãe como Mãe da Igreja e nossa Mãe.
Na passagem do dias das mães, para nossas mães terrenas que nos geraram para a
vida, para o amor, para fé, para a Igreja e para Deus, nossa mais sincera
gratidão e preces.
Padre Evaristo Debiasi
Assistente
Eclesiástico da Ajuda à Igreja que Sofre Brasil
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